Encontrei-me com o grupo no centro da Vila de Sintra. O autocarro parou, eu entrei e seguimos para o Palácio da Pena. Sorri, apresentei-me, mas achei as carinhas muito desanimadas. Pensei que por ser cedo ainda.
Lá fomos subindo a serra, curva contra curva, chegando minutos depois ao nosso destino.
Saímos e pedi para esperarem um pouco enquanto iria comprar os bilhetes. Um deles chama-me, coloca uma questão, o outro uma observação e nisto vejo 5, não 1, nem 2, mas 5 pessoas do grupo, virarem-se para a parede da entrada do palácio e... vomitarem!
Vim a saber depois, que no dia anterior a festa tinha sido longa!
O ponto bom, foi terem conseguido aguentar até o autocarro parar!
Mas esta situação relembrou-me os momentos glamorosos desta profissão, porque esta não é a primeira, nem será a última vez, que terei de lidar com vomitados!
Após jantares, quantas foram as vezes em que já pedi aos motoristas para pararem o mais rápido possível, para que alguém salte do autocarro e vomite praticamente nos seus próprios pés.
Lembro de uma vez, em que a pessoa aguentou até ao último segundo, e eu aflita só repetia "por favor páre o autocarro e abra já a porta". Nunca esquecerei, o autocarro ainda a travar, a porta já a abrir e aquele som, sobre a minha cabeça, a pessoa (coitada) a querer voar e a projecção pelo ar. Juro que pensei que seria a primeira vez que tomaria "um banho"! Mas safei-me!
Ou em casos de curvas e más-disposições alimentares, em que a pessoa adoentada, sentada no banco mesmo por trás do do guia, agarrada a um saco, vai vomitando pelo dia fora. E aquele som com os sacos a passarem, fazem parte de um dia lindo pelo Portugal pequenino!
Eu ainda não tenho filhos, mas acreditem, que por vezes parece que sim, e são logo aos 30 e 40 de uma vez!