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Tudo está bem, quando acaba bem!

Grupos difíceis são aqueles em que a maioria das pessoas está mal disposta com a vida. Conseguir fazer com que tais pessoas acalmem as zangas com a vida, relaxem e passem a apreciar os dias, suga muita energia, mas no fim, quando nos agradecem com sorrisos, penso sempre que valeu a pena. Já há algum tempo que não tinha um grupo tão difícil, até entre eles discutiam, ora por causa dos lugares, do ar condicionado, de temas actuais (quando falamos da crise económica actual parecia que estava a assistir a um debate no Parlamento), ora por haver sol ou frio, por se parar aqui ou acoli, por esperar por alguém com mais dificuldades ou haver demasiado turistas num monumento!! Enfim, uma parte do grupo, tentava em tudo, encontrar um problema em vez de sorrir por estar a passear e conhecer algo novo. Quando me deparo com pessoas assim, tento sempre pensar que a vida foi difícil para essas pessoas, e que por isso, são elas assim. O segredo para não nos afectarmos por tais vibrações é paciência, muita paciência, o que ao mesmo tempo nos retira uma energia gigante. Mas com essa paciência, com as respostas certas em todos os momentos, sempre sorrindo (a arma que destrói uma má disposição!), essas pessoas vão perdendo a fúria e para o final, começam a agradecer, começam a acalmar, começam a não interferir por birra! E no último dia, quando todos agradecem e dizem que Portugal é bonito, que mostrei-lhe o país com paixão, que estão estupefactos porque nunca li nada, ao contrário dos Guias nos outros países, porque estive sempre com um sorriso, e até dão beijinhos (gesto difícil num alemão), esqueço os momentos de "tortura" e fico mesmo emocionada. A metade boa, era realmente boa! E há pessoas que não irei esquecer! Porque mais vale recordar o bom que o mau, aqui ficam boas memórias em fotografia!

Este era o senhor que queria sempre ajudar, levava o board, chamava o grupo, mandava calar os barulhentos, e dizia-me para não ligar quando chegavam as "queixinhas"! "Fui professor, parece que estou na escola de novo!", disse-me! O que me ri!

Este outro senhor era a simpatia em pessoa, a boa disposição, sempre interessado, atento e cheio de conselhos de vida para dar. Sempre a dizer-me que tinhamos tempo e que não ouvisse "o que os chatos diziam sozinhos, porque a Vida é demasiado curta para tanta preocupação. E se chegamos a esta idade com energia para passear, porque nos chateiam eles?".

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