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Lufa lufa

Um tour em duas línguas com nacionalidades que não se complementam. A maioria dos turistas são velhinhos. Uma hora e meia do programa é a pé. Percorrer ruas labirínticas, atravessar estradas, caminhar no centro, ruas cheias de pessoas com 42 atrás de mim. Alguém atrasa-se. Ser obrigada por norma da agência a esperar 15 minutos, procurar a senhora no centro de uma cidade - em vão. Ter a outra metade germânica a exigir ir embora porque a culpa é de quem não está, pura e simplesmente. Auriculares que não funcionam e troca-se e troca-se. Perceber quem é a senhora que falta, perceber que deixou a mala no autocarro, perceber que é diabética. Enquanto caminho com o grupo a ter em mente tudo o que o tour ainda inclui, a gerir explicações e atenções individuais, ligar à agência, à polícia e hospitais a ver se se sabe da senhora. Pessoas que no meio disto não entendem prioridades, nem acham que uma senhora diabética perdida num país que não conhece merece um pouco mais de atenção que uns minutos perdidos num tour de Lisboa (minutos esses que são depois compensados). Conseguir. A senhora é encontrada. O tour é feito. As pessoas saem a sorrir, com muitos obrigados e felicidades. lufa lufa

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