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Quentinhas

Das coisas boas desta profissão é poder recordar gestos de gentileza e partilhas.

Domingo tive outra função que os Guias Intérpretes também exercem: coordenar shuttle, ou seja, os turistas do navio atracado aqui em Lisboa tinham um serviço à sua disposição de transporte do Cais para o Centro da cidade. A minha função era gerir os horários desse mesmo shuttle, vender bilhetes, controlar entrada nos autocarros e gerir os horários dos motoristas.

Começamos às 08h30 e terminamos perto das 18h00.

Ontem fez frio, muito frio, muito frio mesmo.

Estive todas essas horas em pé, tirando uns 45 minutos para almoço. Carregada com bilhetes, placas e listas. Fui deixando de sentir os dedos das mãos e dos pés. Os motoristas tentavam chegar mais cedo para que eu pudesse entrar no autocarro e aquecer-me um pouco, mas nem sempre dava.

No fim do dia acho que estava roxa!

Os alentos do dia foram as histórias de vida que as pessoas conseguem contar em 10 minutos de espera de um autocarro e as castanhas que íam oferecendo. Neste Domingo de Inverno, de início de época natalícia, uma grande parte deles quis provar as castanhas assadas portuguesas e foi tão bom poder tirar uma aqui e outra acoli enquanto se conversava um pouco, ora em italiano, em espanhol, em português, francês ou alemão! Sim, porque num shuttle fala-se de tudo, mesmo aquilo que não se sabe falar!

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